Um diálogo entre psicanálise e poesia contornando o buraco da morte
DOI:
https://doi.org/10.35319/ajayu.192194Palavras-chave:
Psicanálise, poesia, palavra analítica, corpo, morteResumo
A obra nasce do diálogo entre as disciplinas: psicanálise, literatura, poesia; Um paralelo é feito entre a psicanálise e a poesia a partir da obra de Edmundo Camargo, especificando o convite da psicanálise a tecer com a palavra, para fazê-la significar além do fato cru. A palavra viva diz o que não diz, diz além da metáfora ou metaforiza o real. Obviamente, esta é uma lacuna em que o inconsciente e a poesia conseguem roçar nas dobras da pele compartilhada naquele limiar. Assim, a psicanálise e a poesia conseguem dizer o que não pode ser dito. A analogia entre a palavra analítica e a poética: o analista revela no dizer aquela não correspondência com a palavra alheia. A palavra analítica e a palavra poética têm um saber dizer no silêncio, nos gestos, no murmúrio, no pequeno ato, no corte. Ambas as palavras não se inscrevem na sintaxe prosaica dos ditos, vão sempre mais longe e tornam-se, assim, uma esfera de significados no corpo: toca, move, cria ressonâncias.
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Referências
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